Ataques à democracia e populismo: a defesa da Constituição e o papel do constitucionalismo digital
DOI:
https://doi.org/10.18041/2382-3240/saber.2025v20n2.13200Palavras-chave:
Democracia, Populismo, Separação de poderes, Constitucionalismo digitalResumo
O artigo analisa os desafios contemporâneos impostos à defesa da Constituição e à separação dos poderes, pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito, diante da ascensão de movimentos populistas e regimes autocráticos. A reflexão central consiste em compreender como instituições democráticas e garantias constitucionais, concebidas para resguardar a liberdade e a limitação do poder, podem paradoxalmente permitir processos de corrosão institucional. Nesse cenário, discute-seo papel do constitucionalismo digital como ferramenta emergente de normatização jurídica, capaz de oferecer respostas às novas formas de ameaça à democracia no contexto da sociedade digital e das tecnologias de informação.
Referências
APPLEBAUM, Anne. The New Rasputins. In: The Atlantic. February, 2025. Vol. 355 – n2. pp.11-14.
BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Tradução de Maria Celeste C. J. Santos. 10. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999.
CELESTE, Edoardo. Digital constitutionalism: a new systematic theorisation. International Review of Law, Computers and Technology. 2019. 33 (1):76-99. [DOI]
CELESTE, Edoardo. Digital Constitutionalism: The Role of Internet Bills of Rights. 2022. New York; Abingdon: Routledge.
FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. Tradução de Ana Paula Zomer Sica et al. 2. ed. rev. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
FERRAJOLI, Luigi. Principia iuris: teoria del diritto e della democrazia. 2. ed. Bari: Laterza, 2007.
Leiva, E., & Contreras, M. (2021). Las Tecnologías de la Información y de la Comunicación (TIC) como instrumento para garantizar el derecho fundamental a la educación en tiempos de pandemia: análisis de caso en México y Colombia. Ciencia Jurídica, 10(20), 18–39. https://doi.org/10.15174/cj.v10i20.388
Leiva, E. (2021) La función legislativa en los orígenes de la responsabilidad patrimonial del Estado en Colombia (1821-1863). Tirant Lo Blanc.
Leiva, E. (2023). El proceso constituyente de 1991 como un ejemplo de democracia deliberativa. Jurídicas, 20(2), 15–32. https://doi.org/10.17151/jurid.2023.20.2.2
Leiva, E. (2023). Hacia la construcción de un constitucionalismo del Sur Global latinoamericano. Verba Iuris, 50. https://doi.org/10.18041/0121-3474/verbaiuris.50.10760
LEVITSKY, Steven; WAY, Lucan A. Elections Without Democracy: The Rise of Competitive Authoritarianism. Journal of Democracy, v. 13, n. 2, p. 51-65, 2002.
LEVITSKY, Steven; WAY, Lucan A. Competitive Authoritarianism: Hybrid Regimes After the Cold War. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
LEVITSKY, Steven; WAY, Lucan A. The New Competitive Authoritarianism. Journal of Democracy, v. 31, n. 1, p. 51-65, 2020.
LEVITSKY, Steven; WAY, Lucan A. Como Trump pode levar a democracia dos EUA ao colapso. Folha de S. Paulo, 2025.
LIGA DOS ESTADOS ÁRABES. Carta Árabe de Direitos Humanos. Cairo, 23 maio 2004. Disponível em: https://www.refworld.org. Acesso em: 23 ago. 2025.
LOEWENSTEIN, Karl. Teoría de la Constitución. 2. ed. Barcelona: Ariel, 1979.
MERCOSUL. Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul, Bolívia e Chile. Ushuaia, 24 jul. 1998. Disponível em: https://normas.mercosur.int. Acesso em: 23 ago. 2025.
MERCOSUL. Protocolo de Ushuaia II sobre Compromisso Democrático no Mercosul, Bolívia e Chile. Montevidéu, 20 dez. 2011. Disponível em: https://normas.mercosur.int. Acesso em: 23 ago. 2025.
MERKEL, Wolfgang. Embedded and Defective Democracies. Democratization, v. 11, n. 5, p. 33-58, 2004.
MEYER, Emilio Peluso Neder; POLIDO, Fabrício Bertini Pasquot. Usando o constitucionalismo digital para conter o populismo digital. IberICONnect, 29 jul. 2021. Disponível em: https://www.ibericonnect.blog/2021/07/usando-o-constitucionalismo-digital-paraconter-o-populismo-digital/. Acesso em: 04/03/2025
MONTESQUIEU. Chales de Secondat. O Espírito das Leis. Introdução, tradução e notas de Pedro Vieira Mota. 7ª ed. São Paulo. Saraiva: 2000.
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA). Carta Democrática Interamericana. Lima, 11 set. 2001. Disponível em: https://www.oas.org. Acesso em: 23 ago. 2025.
ORGANIZAÇÃO PARA A SEGURANÇA E COOPERAÇÃO NA EUROPA (OSCE). Documento da Reunião de Copenhague da Conferência sobre a Dimensão Humana da CSCE. Copenhague, 29 jun. 1990. Disponível em: https://www.osce.org. Acesso em: 23 ago. 2025.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DA FRANCOPHONIE (OIF). Déclaration de Bamako. Bamako, 3 nov. 2000. Disponível em: https://www.francophonie.org. Acesso em: 23 ago. 2025.
REVORIO, Francisco Javier Díaz. Quando el garante de la constitución se convierte en su mayor enemigo. Comentário a la monografia de A. R. Brewer-Carías: La dictadura judicial y la perversíon del Estado de Derecho. El juez constitucional y la destruccion de la democracia en Venezuela, Madrid, Iustel-Fundación Alfonso Martín Escudero, 2017, 607 pp.
SCHEDLER, Andreas (org.). Electoral Authoritarianism: The Dynamics of Unfree Competition. Boulder: Lynne Rienner, 2006.
SILVA, Guilherme Amorim Campos da. A implantação do governo digital no Brasil: o modelo jurídico favorece o desenvolvimento tecnológico, a inclusão da população e o crescimento econômico? Revista Pensamento Jurídico. São Paulo, Brasil. V. 19, n1. P. 201-229, 2025. Disponível em https://ojs.unialfa.com.br/index.php/pensamentojuridico/article/view/1083. Acesso em 19 de agosto de 2025.
TAVARES, André Ramos. A nova Matrix. Direito (re)programado na civilização plataformizada. São Paulo: Etheria Editora, 2024. 342p.
TAVARES. André Ramos. APP’s e plataformas on-line na intermediação econômica no Brasil. In Revista de Direito Constitucional e Econômico. Unialfa. N. 1, vol. 1, 2019.
TAVARES, André Ramos. Constituição em rede. Revista Brasileira de Estudos Constitucionais – RBEC, Belo Horizonte, ano 16, n.50, p. 53-70, jul/dez. 2022.
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2012. 1428p.
TAVARES. André Ramos. (coord). Vestígios do Futuro: 100 anos de Isaac Asimov. São Paulo: Etheria, 2020. Edição ebook.
TEUBNER, Gunther. Societal Constitutionalism; Alternatives to State-Centred Constitutional Theory?’ in Christian Joerges, Inger-Johanne Sand and Gunther Teubner (eds.), Transnational Governance and Constitutionalism. International. Studies in the Theory of Private Law (Hart 2004) 3
UNIÃO AFRICANA. Carta Africana da Democracia, Eleições e Governança. Addis Abeba, 30 jan. 2007. Disponível em: https://au.int. Acesso em: 23 ago. 2025.
UNIÃO EUROPEIA. Tratado da União Europeia (TUE). Maastricht, 7 fev. 1992. Consolidado pelo Tratado de Lisboa de 2007. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu. Acesso em: 23 ago. 2025.
YARZA, Fernando Simón. Justicia Constitucional y polarización política en España. Oxford University School of Law. 2024. 1-25.
ZAKARIA, Fareed. The Rise of Illiberal Democracy. Foreign Affairs, v. 76, n. 6, p. 22-43, 1997.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Saber, Ciencia y Libertad

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.