Pandemia e dinâmicas de comércio internacional: uma análise da relação Bahia-Mercosul sob à ótica das exportações e importações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18041/1900-3803/entramado.2.8037

Palavras-chave:

Balança Comercial, Relações Comerciais no Mercosul, Fluxos Internacionais

Resumo

Após a Segunda Guerra Mundial e com os processos de globalização no final do século passado, as relações de comércio internacional vêm gradualmente ganhando maior importância, tendo como resultado tanto o aumento da produção mundial, quanto o surgimento de blocos econômicos que buscavam fortalecer e dinamizar estas relações. Um desses blocos econômicos criados foi o Mercado Comum do Sul (Mercosul) em 1991, tendo como membros: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai que tinham por objetivo facilitar tanto as relações econômicas entre eles, quanto de pessoas. Contudo, o ano de 2020 foi marcado pelo surgimento do novo coronavírus que afetou diretamente todo o fluxo comercial global em virtude das medidas restritivas. Deste modo, o presente artigo tem como objetivo analisar a dinâmica de comércio internacional do estado da Bahia com o Mercosul através das exportações e importações e detectar os efeitos pandêmicos nessas variáveis. Para cumprir os objetivos propostos, além de uma introdução sobre o estudo da economia internacional, do surgimento do Mercosul, e da evolução econômica da Bahia, foram utilizadas as bases de dados de exportações e importações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para compreender a pauta de importações e exportações da Bahia, e como elas se relacionam dentro do Mercosul. Os resultados obtidos sinalizam que há significativas reduções nos principais setores exportadores para o Mercosul e pequenas quedas nas importações.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gesner Brehmer de Araújo Silva, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador - Brasil.

    Doutorando em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador - Brasil.

    https://orcid.org/0000-0002-3331-3826

Referências

BOLETIM DE COMÉRCIO EXTERIOR DA BAHIA. Salvador: SEI, dez. 2020. https://www.sei.ba.gov.br/images/releases_mensais/pdf/bce/bce_ dez_2020.pdf

BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Exportação e Importação Geral. 2021. http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral.

BLANCHARD, Olivier. A crise econômica do Covid. Revista The Economist, Londres, p. 1- 20, 2020.

CANUTO, Otaviano.What happened to world trade? Capital Finance International, Londres, p. 14-18, Spring 2016.

CANUTO, Otaviano; FLEISCHHAKER, Cornelius. Currency depreciation is silver lining of Brazil ́s recession. Financial Times, Londres, 9 Dec. 2015.

CAVALCANTE, Luiz Ricardo;TEIXEIRA, Francisco Lima. Maturidade tecnológica e intensidade em pesquisa e desenvolvimento: o caso da indústria petroquímica no Brasil. Em:Revista Organizações & Sociedade, Salvador. Maio/ago 1998. vol. 5, n. 12, p. 121–144. https://doi.org/10.1590/S1984- 92301998000200006

CERVO,Amado Luiz; LESSA,Antônio Carlos. O declínio: inserção internacional do Brasil (2011-2014). Em: Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília. 2014. vol. 57, n. 2, p.133-151 https://doi.org/10.1590/0034-7329201400308

DE NEGRI, Fernanda. Padrões tecnológicos e de comércio exterior das firmas brasileiras. In: DE NEGRI, João Alberto; SALERNO, Mário Sérgio (org.). Em: Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras. Brasília: IPEA, 2005. Cap. 3, p. 75-118. https://www.ipea.gov.br/ portal/images/stories/PDFs/livros/Inovacao_Padroes_tecnologicos_e_desempenho.pdf

KRUGMAN, Paul; OBSTFELD, Maurice. Economia internacional: teoria e política. São Paulo: Pearson, 2001.

LACERDA, Antônio Corrêa de; RAMOS, André Paiva. Pandemia e economia: desafios para o Brasil. Revista Economistas. Abr./jun. 2020. ano 11, n. 36,

p. 8-13. http://cofecon.org.br/downloads/revistas/2020/capa36.pdf

LACERDA, Fernanda Calasans; PESSOTI, Gustavo Casseb; JESUS, Josias Alves de.Transformações estruturais, (des)concentração espacial e inserção internacional: Uma análise para a economia baiana com base na teoria da base produtiva. Revista Nexos Econômicos. Jan. /jun. 2013 vol. 7, n. 1, p.141- 177. https://doi.org/10.9771/1516-9022rene.v7i1.13597

LIMA, Rivaldo Soares de. Inserção internacional do Nordeste brasileiro: o caso da Bahia, Ceará e Pernambuco. 2006. 86 f. Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) – Programa de Pós-Graduação em Economia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2006. https://repositorio.ufpe.br/ bitstream/123456789/4470/1/arquivo6083_1.pdf

LIMA,Thaís Damasceno; DEUS, Larissa Naves.A crise de 2008 e seus efeitos na economia brasileira. Em: Revista Cadernos de Economia. Jan./jun. 2013. vol. 17, n. 32, p. 52-65. https://doi.org/10.46699/rce.v17i32.1651

LOHBAUER, Christian.Abertura comercial brasileira: o possível e o desejável. Em: Revista Brasileira de Comércio Exterior. Out./dez. 2014. ano 28, n. 121, p. 62-69. http://www.funcex.org.br/publicacoes/rbce/material/rbce/121_CL.pdf

NASCIMENTO, Carla do; BRITTO, Elissandra; SANTANA, Pedro M. de. Em: Economia baiana: retrospectiva 2017 e perspectivas. Revista Bahia Análise e Dados. Jul./dez. 2017. vol. 27, n. 2, p. 31 - 53. https://www.sei.ba.gov.br/images/publicacoes/download/aed/retrospectivas_%202017.pdf

OLIVEIRA, Susan Elizabeth Martins Cesar de. Cadeias globais de valor e os novos padrões de comércio internacional: uma análise comparada das estratégias de inserção de Brasil e Canadá. 2014. 223 f. Tese (Doutorado em Relações Internacionais) - Instituto de Relações Internacionais, Uni- versidade de Brasília, Brasília, 2014. https://www.funag.gov.br/ipri/btd/index.php/9-teses/1634-cadeias-globais-de-valor-e-os-novos-padroes-de-com- ercio-internacional-uma-analise-comparada-das-estrategias-de-insercao-de-brasil-e-canada

OHLWEILER, Otto Alcides. A era dos blocos econômicos. Em: Indicadores Econômicos FEE. 1989. vol. 17, no.2 p. 139 - 158 https://revistas.planeja- mento.rs.gov.br/index.php/indicadores/article/view/125/319

OREIRO, José Luís; FEIJÓ, Carmem. Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro. Revista Economia Política, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 219-232, 2010. https://doi.org/10.1590/S0101-31572010000200003

PESSOTI, Bruno Casseb; PESSOTI, Gustavo Casseb.A economia baiana e o desenvolvimento industrial: uma análise do período 1978-2010. Em: Revista de Desenvolvimento Econômico. Dez. 2010. vol. 12, n. 22, p. 28 - 45. https://revistas.unifacs.br/index.php/rde/article/view/1514

PESSOTI, Gustavo Casseb. Uma nova década perdida. Em: Revista Economistas. abr./jun. 2020. ano 11, n. 36, p. 24-29. http://cofecon.org.br/downloads/ revistas/2020/capa36.pdf

PESSOTI, Gustavo Casseb; SAMPAIO, Marcos Guedes Vaz. Transformações na dinâmica da economia baiana: políticas de industrialização e expansão das relações comerciais internacionais. Em: Revista Conjuntura & Planejamento. jan./mar. 2009., n. 162, p. 36-49 https://xdocs.com.br/doc/pesso- ti-transformaoes-na-dinamica-da-economia-baiana-w3nrm3jpzdoj

PORTO, Paulo Costacurta de Sá; CANUTO, Otaviano; MOTA, Arthur Augusto Lula. As possibilidades de inserção do Brasil nas cadeias globais de valor. Em: Informe GEPEC. jan./jun. 201, v. 21, p. 10-27. https://doi.org/10.48075/igepec.v21i1.17075

RICARDO, David. Principios de economia política e tributação. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção Os economistas).

ROWTHORN, Robert; RAMASWAMY, Ramana. Growth, trade, and deindustrialization. In: MF Staff Papers. Mar. 1999. vol. 46, n. 1, p. 18-41. https://

www.imf.org/external/pubs/ft/wp/wp9860.pdf

RUIZ, Ricardo Machado. Polarização e desigualdades: o desenvolvimento regional na China (1949-2000). Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, 2006.

SILVA, Marcelo dos Santos;ALVES DE REZENDE,Adriano; DE QUEIROZ LEAL, Priscila; MIYAJI, Mauren. Padrão de especialização tecnológica e com- petitividade das exportações baianas. Revista Desenbahia. Set. 2015 vol.12, n. 21, p. 131-162. https://www.researchgate.net/publication/342644338_Pa- drao_de_Especializacao_Tecnologica_e_Competitividade_das_Exportacoes_Baianas

SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção Os economistas).

SPÍNOLA, Noelio Dantaslé. A economia baiana: os condicionantes da dependência. Revista de Desenvolvimento Econômico. jul. 2004. v. 6, n.10, p.

-99. https://revistas.unifacs.br/index.php/rde/article/view/106/110

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Estatísticas de comércio exterior. https://www.sei.ba.gov.br/index.

php?option=com_content&view=article&id=900&Itemid=216

TEIXEIRA, Francisco; GUERRA, Oswaldo. 50 anos da industrialização baiana: do enigma a uma dinâmica exógena e espasmódica. In:Revista Bahia Análise & Dados. jul. 2000. v. 10, n. 1, p. 87–98. https://www.researchgate.net/publication/269104168_50_Anos_de_Industrializacao_BaianaDo_Enig- ma_a_uma_Dinamica_Exogena_e_Espasmodica

UDERMAN, Simone.A indústria de transformação na Bahia: características gerais e mudanças estruturais recentes. Revista Desenbahia, Salvador, v. 2, n. 3, p. 7-34, set. 2005.

Downloads

Publicado

2022-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pandemia e dinâmicas de comércio internacional: uma análise da relação Bahia-Mercosul sob à ótica das exportações e importações. (2022). Entramado, 18(2), e-8037. https://doi.org/10.18041/1900-3803/entramado.2.8037

Artigos Semelhantes

1-10 de 611

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.