Gestos para pensar o encontro com o Outro/a na Educação.

Resumo

Este artigo tem como objetivo mostrar os traços e gestos mínimos produzidos no encontro com meninos, meninas, jovens e adultos migrantes da Venezuela, na escola e na cidade de Medellín. Esses traços, que se entrelaçam e se tensionam, produzem gestos como formas de pensar, de dobrar e deixar-se dobrar no encontro entre estranhezas, e não abandonando a pregunta pela hospitalidade e a hostilidade. A partir da perspectiva da pesquisa pós-qualitativa, em correspondência com o método de recolher, apresentamos o gesto de escuta atenta, a resposta singular e o gesto da acolhida, pois constituem uma contribuição para a educação, possibilitando a abertura para o estranho, para a estranheza, e para à contundente realidade que vivemos em permanente estado de migração. Portanto, precisamos abrir o pensamento para gestar encontros com diferentes culturas, reconhecer-nos, valorizar-nos e construir-nos a partir delas, acolhendo a alteridade como constitutiva do sujeito e da relação educativa.